segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Hidratação e outros cuidados com as crianças em dias quentes.



Saiba como proteger o bebê do sol e do calor, com as dicas abaixo: 

Vista o bebê com tecidos leves e fibras naturais, de preferência algodão 
Tecidos fresquinhos são além de tudo confortáveis. Evite roupas feitas de fibras sintéticas, porque elas retêm o calor e incomodam o bebê. Podem causar até brotoejas e assaduras. Não deixe o sol bater direto na pele delicada da criança por longos períodos, especialmente se ela ainda for muito novinha. 

Os pediatras costumam recomendar o uso de filtros solares a partir dos 6 meses. Use o tipo recomendado pelo médico, pois há grandes variações na composição química desses produtos. Chapéus não podem ser apertados, e precisam ter as abas largas. Chapéus ou bonés com elástico podem atrapalhar a circulação do sangue. 

Fique à sombra ou dentro de casa nos horários mais quentes (das 10h às 17h) 
Quando o bebê é pequeno, o melhor é ficar em ambientes cobertos nas horas de mais calor. Se você precisa sair no sol, proteja bem a criança. Para passeios ao ar livre, prefira o começo da manhã ou o final da tarde. Tire colchõezinhos ou colchas do carrinho para a temperatura dentro dele não subir demais. 

Deixe a criança algum tempo sem fralda 
Se estiver muito quente, deixe o bebê pelado. Pode ser na hora de uma soneca da tarde, por exemplo, num lugar de fácil lavagem para o caso de ele fazer xixi ou cocô. O suor se acumula nas áreas plásticas da fralda descartável e causa irritações como a brotoeja e a assadura. Você pode até tentar usar fraldas de pano, se a pele do seu filho estiver irritada demais. 

Dê muito líquido. 
Nos dias de calor intenso, amamente o bebê com mais frequência. No caso de crianças maiores, dê bastante água, suco de fruta e água de coco. 
Bebês de menos de 6 meses que mamam no peito não precisam tomar água, mesmo no calor. Estudos já mostraram que, desde que os bebês sejam amamentados quando pedem, eles não ficam desidratados. 

No calor, os bebês tendem a solicitar mais o seio, e o leite materno, composto basicamente de água, é suficiente para hidratá-los. Com idas ao seio frequentes, os bebês recebem mais o leite anterior, que é mais leve e refrescante que o leite posterior, mais rico em calorias e gordura. 

Para bebês que tomam fórmulas lácteas, pode-se dar água na mamadeira -- sempre previamente fervida e resfriada. 

Não dê água, sucos, sorvetes e picolés de procedência duvidosa. 
Não dê ao bebê alimentos não industrializados, especialmente os comprados de vendedores ambulantes. Carregue sempre consigo a água para o bebê. Cuidado também se for transportar alimentos como a sopinha. No calor, a comida pode se deteriorar rápido. 

Caso seu filho tome fórmula de leite em pó, só prepare a mamadeira na hora do uso e utilize-a dentro de, no máximo, uma hora. Se você for sair, leve a água para a mamadeira ou use água mineral de procedência conhecida, e carregue o pó separado (existem recipientes com divisórias para várias doses, que facilitam a tarefa). 

Reduza o uso de óleos ou cremes no bebê
Se estiver muito quente, óleos infantis usados para massagem podem colaborar para o surgimento de dermatite ou brotoejas se não forem bem retirados no banho. Não use cremes hidratantes em excesso e, se o bebê for sair no sol, evite cremes antiassaduras dentro da fralda, para permitir que a pele respire melhor. 

Evite o talco
Muitas mães passam bastante talco nos bebês depois do banho para mantê-los frescos. Na verdade, o contato do talco na pele molhada pode causar irritação e desconforto. Além disso, as partículas do pó do talco são tão finas que podem entrar no pulmão da criança, causando problemas graves. 

Se mesmo assim você quiser passar talco, use pequenas quantidades, sem provocar "fumaça", e mantenha o recipiente sempre longe das mãozinhas do bebê. Uma alternativa mais segura é a maisena, que tem partículas maiores, não tão prejudiciais. A tradição de colocar maisena na água do banho também é uma boa opção. 

Deixe o bebê se refrescar brincando com água 
O calor é a estação ideal para deixar o bebê brincar com água. Desde o momento em que o bebê já sentar com firmeza, você pode colocá-lo na banheirinha ou em uma piscininha inflável com um fundo de água e brinquedos. Isso pode ser feito tanto ao ar livre quanto dentro de casa. Mas não deixe a criança nem um segundo sozinha. 

Para frequentar a piscina, converse com o pediatra. Há aulas de natação junto com os pais para crianças a partir de 3 meses, mas alguns pediatras preferem esperar até pelo menos 6 meses para reduzir o risco de otites (infecções no ouvido). Fique atenta às condições de higiene da piscina. 

Cuidado com o ar condicionado
Se você tem ar condicionado em casa, desligue-o na hora do banho e só volte a ligá-lo quando a criança estiver totalmente vestida e com o cabelo seco. Se o bebê for ficar em ambiente com ar condicionado o dia inteiro, é melhor vesti-la com roupas mais fechadas. Também não deixe o aparelho ligado muito em cima do bebê. 

Não deixe seu filho usar óculos de plástico sob o sol. 
A passagem da luz solar por óculos de plástico transparente colorido pode prejudicar os olhos do bebê. Óculos escuros infantis têm de ter proteção contra os raios ultravioletas do sol. Na dúvida, é melhor não usar. 

Nunca deixe o bebê dormindo dentro do carro estacionado
A temperatura dentro do carro pode aumentar muito rápido, mesmo quando parece não estar tão calor assim. O aumento da temperatura pode causar hipertermia, ou seja, a criança fica quente demais, o que leva à rápida desidratação e até à morte (é o que acontece com crianças esquecidas dentro do carro). 

Acostume-se também a não deixar a criança sozinha dentro do carro -- o que será útil para saber quando ela for maior e quiser ficar brincando no veículo. O risco de hipertermia não deve ser subestimado.

domingo, 16 de setembro de 2012

Ser Mãe...



é não esquecer a emoção do primeiro movimento do bebezinho dentro da barriga. 
 
O instante maravilhoso em que ele se materializou ante os seus olhos, a boquinha sugando o leite, com vontade, e o primeiro sorriso de reconhecimento. 
 
Ser mãe é ficar noites sem dormir, é sofrer com as cólicas do bebê e se angustiar com os choros inexplicáveis: será dor de ouvido, fralda molhada, fome, desejo de colo? 
 
É a inquietação com os resfriados, pânico com a ameaça de pneumonia, coração partido com a tristeza causada pela morte do bichinho de estimação do pequerrucho. 
 
Ser mãe é ajudar o filho a largar a chupeta e a mamadeira. É levá-lo para a escola e segurar suas mãos na hora da vacina. 
 
Ser mãe é se deslumbrar em ver o filho se revelando em suas características únicas, é observar suas descobertas. 
 
Sentir sua mãozinha procurando a proteção da sua, o corpinho se aconchegando debaixo dos cobertores. 
 
É assistir aos avanços, sorrir com as vitórias e ampará-lo nas pequenas derrotas. É ouvir as confidências. 
 
Ser mãe é ler sobre uma tragédia no jornal e se perguntar: E se tivesse sido meu filho? 
 
E ante fotos de crianças famintas, se perguntar se pode haver dor maior do que ver um filho morrer de fome. 
 
Ser mãe é descobrir que se pode amar ainda mais um homem ao vê-lo passar talco, cuidadosamente, no bebê ou ao observá-lo sentado no chão, brincando com o filho. 
 
É se apaixonar de novo pelo marido, mas por razões que antes de ser mãe consideraria muito pouco românticas. 
 
É sentir-se invadir de felicidade ante o milagre que é uma criança dando seus primeiros passos, conseguindo expressar toscamente em palavras seus sentimentos, juntando as letras numa frase. 
 
Ser mãe é se inundar de alegria ao ouvir uma gargalhadinha gostosa, ao ver o filho acertando a bola no gol ou mergulhando corajosamente do trampolim mais alto. 
 
Ser mãe é descobrir que, por mais sofisticada que se possa ser, por mais elegante, um grito aflito de mamãe a faz derrubar o suflê ou o cristal mais fino, sem a menor hesitação. 
 
Ser mãe é descobrir que sua vida tem menos valor depois que chega o bebê. 
 
Que se deseja sacrificar a vida para poupar a do filho, mas ao mesmo tempo deseja viver mais º não para realizar os seus sonhos, mas para ver a criança realizar os dela. 
 
É ouvir o filho falar da primeira namorada, da primeira decepção e quase morrer de apreensão na primeira vez que ele se aventurar ao volante de um carro. 
 
É ficar acordada de noite, imaginando mil coisas, até ouvir o barulho da chave na fechadura da porta e os passos do jovem, ecoando portas adentro do lar. 
 
Finalmente, é se inundar de gratidão por tudo que se recebe e se aprende com o filho, pelo crescimento que ele proporciona, pela alegria profunda que ele dá. 
 
Ser mãe é aguardar o momento de ser avó, para renovar as etapas da emoção, numa dimensão diferente de doçura e entendimento. 
 
É estreitar nos braços o filho do filho e descobrir no rostinho minúsculo, os traços maravilhosos do bem mais precioso que lhe foi confiado ao coração: um Espírito imortal vestido nas carnes de seu filho.